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Codeca lança campanha educativa para reforçar importância da separação de resíduos

Intitulada “O Meu Lixo”, a iniciativa é composta por cinco vídeos e 10 e-cards que serão divulgados, nas redes sociais, até novembro

A Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul (Codeca) lança a campanha educativa “O Meu Lixo”, direcionada às redes sociais, com intuito de despertar a consciência da comunidade sobre os efeitos e benefícios da separação e destinação corretas dos resíduos sólidos. Com apoio da área de Comunicação da Prefeitura de Caxias do Sul, foram produzidos cinco vídeos, com aproximadamente dois minutos cada, a fim de identificar a origem e os caminhos percorridos pelos materiais orgânicos e seletivos, desde a dona de casa e os coletores até uma associação de catadores e o aterro sanitário Rincão das Flores. Também há a participação de uma empresa, que investe na cultura dos 3Rs (reduzir – reutilizar – reciclar) para incrementar o reaproveitamento de seus produtos. A campanha ainda compreende 10 e-cards, elaborados pelo departamento de Comunicação da Codeca, estando relacionados dois para cada vídeo. 

A iniciativa surgiu da necessidade de utilizar a separação como um dos instrumentos de responsabilidade ambiental, econômica e social de maior alcance à população caxiense. “O hábito advém da prática consciente. Quanto mais itens seletivos - como papel, vidro, metal e plástico - encaminhados ao aterro sanitário, menor será sua vida útil. Consequentemente, se as 13 associações de catadores conveniadas ao município receberem menor quantidade desses materiais, as 400 pessoas ligadas a elas terão sua renda mensal reduzida”, ressalta Amarilda Bortolotto, diretora-presidente da Codeca, ao apontar que o volume de resíduos misturados ainda é elevado.

Ao serem contaminados com lixo orgânico, os seletivos deixam de ser reciclados. Das 90 toneladas diárias de seletivos coletadas em Caxias do Sul, em torno de 20% são aproveitados para reciclagem. O recolhimento diário, entre orgânicos e seletivos, atinge 450 toneladas, sendo que 56% advêm da coleta mecanizada e 44%, da manual. Além de aumentar a capacidade de vida útil do aterro, estimada em 25 anos, a separação adequada diminui o custo de gerenciamento do Rincão das Flores, que compreende 274 hectares de área, localizado no distrito de Vila Seca. 

Vídeos

Os cinco vídeos que compõem a campanha “O Meu Lixo” retratam, através de situações distintas, os resultados da separação incorreta dos resíduos sólidos. O primeiro mostra o trabalho de um coletor durante o recolhimento de itens seletivos nas vias públicas e os principais problemas enfrentados, como vidros soltos e restos de comida em embalagens plásticas. O segundo já evidencia o processo de funcionamento de uma associação de catadores, que chega a separar, por dia, a média de 4 toneladas de materiais seletivos. Praticamente a metade não é passível de reciclagem, sendo direcionada ao aterro. O terceiro vídeo destaca a experiência de uma fabricante de tintas industriais para móveis, plásticos, metais e vidros, sediada em Forqueta. Atentos às práticas de sustentabilidade, os funcionários são capacitados para a cultura da reciclagem. A própria água da chuva é reaproveitada para produção de tintas. Os resíduos são separados e destinados adequadamente, reduzindo o volume para o aterro sanitário.

A rotina de uma dona de casa, em contraponto às imagens da estação de transbordo São Giácomo, é evidenciada no quarto vídeo. O transbordo abrigava um aterro sanitário até 2010 e, hoje, é onde se realiza o transporte do lixo orgânico em carretas, com capacidade para armazenar 25 toneladas cada. No local é possível verificar a mistura de cerca de 70% de materiais seletivos, que deixam de ser reciclados. 

O Rincão das Flores é tema do último vídeo. O lixo é descarregado, compactado e coberto com argila para diminuir o mau cheiro e a presença de vetores, como ratos, baratas e urubus. A argila ainda impermeabiliza o lixo, evitando que a água da chuva condicione o aumento da produção de chorume, proveniente da decomposição do material orgânico. “O chorume é destinado às lagoas de aeração para tratamento biológico e, após, à estação de efluentes para tratamento físico-químico. O líquido descontaminado é usado na fértil-irrigação do solo, em área do aterro licenciada pela Fepam”, esclarece o gerente operacional da Codeca, Ricardo Becker. De acordo com Ricardo, o gás metano – advindo da decomposição do lixo - é queimado, transformando-se em gás carbônico, 21 vezes menos nocivo ao efeito estufa. A geração de energia para produção de biocombustível, a partir do resíduo orgânico, ainda é objeto de estudo e análise, pois empreende altos recursos financeiros. “A campanha foi criada exclusivamente para o facebook da Codeca, que tem se mostrado uma ferramenta eficaz para disseminar informações educativas sobre gerenciamento de resíduos, com compartilhamento positivo da comunidade e sem incidir custos para a Companhia”, salienta a diretora-presidente, Amarilda Bortolotto.





Fotos: Acervo Codeca, Márcia Vial e Mateus Argenta



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